Vôlei feminino/Olimpíada: Brasil disputará o bronze após perder para os Estados Unidos
- lopespo33
- 8 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
EUA enfrentam a Itália, na final, e podem conquistar o bicampeonato

Wong-Orantes, Plummer e Ogbogu compõem o elenco dos Estados Unidos (Foto: FIVB)
O Brasil era o favorito. Havia uma superioridade baseada no que a equipe tinha apresentado até então. Só que, do outro lado da quadra, estava uma equipe que melhorou no decorrer da competição, ganhou confiança, sobretudo depois da vitória sobre a Polônia, nas quartas de final, e demonstrou enorme aplicação tática contra o Brasil.
Estudiosas, as atuais campeãs olímpicas marcaram muito bem a ponteira Gabi e a oposta Rosamaria, cujos desempenhos melhoraram ao longo da partida, mas foram insuficientes para superar as estadunidenses. Ana Cristina, maior pontuadora do Brasil, anotou 24 pontos, Gabi, 16 e Rosamaria, 14. Thaisa e Carol foram pouco acionadas; a primeira fez 8 pontos de ataque e 2 de bloqueio, e Carol, apenas 2 no ataque, 4 no bloqueio e 1 no saque.
As centrais seriam muito importantes para superar o esquema tático dos Estados Unidos, mas Roberta e Macris não as colocaram para jogar. Menos utilizada no jogo, Thaisa também bloqueou pouco, menos do que ela é capaz de fazer, como os números claramente mostram.
A tradição, a experiência e o leque de boas jogadoras que compõem o elenco estadunidense foram determinantes para a vitória por 3 a 2, garantindo a chegada da seleção à final, que será disputada contra a Itália, equipe que derrubou a Turquia por 3 a 0, com parciais de 25/22, 25/19 e 25/22. Paola Egonu fez 24 pontos, sendo 21 de ataque, 1 de bloqueio e 2 de saque. A oposta é a quinta maior pontuadora e a quinta melhor atacante do torneio.
Egonu será, provavelmente, a maior arma da Itália para ganhar a sua primeira medalha de ouro olímpica. Só que além de uma oposta dessa envergadura, o time europeu precisará de outras jogadoras capazes de pontuar nos ataques e contra-ataques, pois Paola Egonu será, certamente, muito bem marcada pelas estadunidenses. Sylla terá que dividir o fardo com com sua companheira e ainda contar com as centrais Danesi e Fahr, importantes para o jogo de velocidade, fundamental para dificultar a marcação dos Estados Unidos.
Na disputa do terceiro lugar, o Brasil segue sendo o favorito. Será necessária a recuperação emocional e psicológica das jogadoras brasileiras, que têm mais chances de vencer, pois demonstraram maior capacidade de atuar como time, dividindo responsabilidades e apresentando melhor distribuição das jogadas. A Turquia, salvo uma hecatombe, concentrará suas ações na oposta Vargas, maior nome do time, que não poderá contar com a ajuda das duas outras jogadoras de extremidades, provavelmente Baladin e Karakurt, ponteiras titulares, pois elas têm sido pouco eficientes. Na partida contra a Itália, anotaram 4 e 3 pontos, respectivamente.
A decisão do título acontecerá, no domingo, 11 de agosto, às 11 horas; já a disputa do bronze será, no sábado, dia 10, às 12h15.
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